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Relação Pais e filhos

Atualizado: 11 de jan. de 2023

Possivelmente o maior de todos os vínculos humanos. Sua importância é tamanha que inúmeros desafios socio-emocionais, que podem perdurar pela vida afora, são oriundos dessa relação.




O que significa ser amigo de seu filho: será que é permitir tudo? Oferecer mimos após tarefas cumpridas? Recompensá-los por deveres executados? Talvez, não permitir que se aborreçam com algo e se isso acontecer, retratar-se imediatamente por algum excesso de sua parte ...


A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro ” Platão

Pai e Mãe devem ser amigos dos filhos ou é melhor manter a hierarquia?


Essa foi a pergunta que uma mãe me fez no último evento que realizei com o Programa Pais e Mães na Real.

Como sei que muitos pais tem a mesma dúvida, eu vou responder da mesma maneira que respondia a ela e aos demais participantes:

Eu entendo que pai e mãe devem se comportar como pai e mãe, com toda a responsabilidade que tem com os filhos, contudo podem ter uma relação amigável, respeitosa, empática e acolhedora com eles.


E qual é a diferença?


Na adolescência, normalmente, os amigos não pegam no pé, concordam com tudo, não orientam, não colocam regras nem limites. Os amigos estão na mesma vibe de experimentações e desafios.

Pai e mãe educa, coloca limites, orienta, protege, ama, tem medo e tem a responsabilidade legal sobre os filhos.

A relação amigável e respeitosa com os adolescentes favorece a conexão e a proximidade para que eles confiem nos pais e tenham a certeza de que podem contar com os “coroas”em qualquer situação, mesmo que eles tenham opinião contrária.

É possível ser firme com os jovens de forma respeitosa e gentil ao mesmo tempo.

Minha dica é: Ouça mais o que eles tem a dizer, sem julgamentos precoces e converse sem sermões. Tudo que você ensinou eles já aprenderam.?



Eles precisam ser ouvidos e seus sentimentos respeitados


Primeiro é importante não encarar o (a) adolescente como um (a) inimigo (a).

Ao contrário, ele (a) precisa de acolhimento, empatia e respeito. Porque à exemplo da criança de 2 anos que faz birra porque ainda não dá conta dos sentimentos e não consegue expressá-los, o (a) adolescente está vivendo o conflito das mudanças físicas, emocionais e sociais, que também não está dando conta. É muita mudança ao mesmo tempo! E é natural nessa fase, a negação dos pais porque estão buscando a sua individuação.


Esse movimento é necessário para seu amadurecimento e as amizades são fundamentais nesse processo a grande maioria passa por isso. Muitos buscam nos amigos o apoio para suas descobertas e frustrações. Faz parte do processo!


Entenda que não precisam estar em campos opostos como adversários. A partir do olhar de parceiros, você pode perceber o quanto ele (a) precisa de seu acolhimento, apoio, encorajamento e ajuda para que possa desenvolver suas habilidades para ser uma pessoa do bem!

Tratar os filhos respeito, acolhimento, empatia e, não significa que você tenha que concordar com tudo e deixar que tomem conta da situação. É possível ser firme e gentil ao mesmo tempo!

É necessário o entendimento e o diálogo na busca da solução para o que não está de acordo com as regras e os valores da família. Caso essas regras e valores ainda não estejam claras é preciso que sejam escritas em conjunto.


Para isso, os adultos precisam ter a humildade de rever seus conceitos e aceitar, quando perceberem que estão indo por um caminho sem resultados positivos. E o mais importante e desafiador é reconhecer isso para os filhos.

É preciso abrir o coração, mostrar que quer fazer diferente e pedir a ajuda deles. Eu sei que não é fácil, mas tenho certeza que é possível.


Se precisar de ajuda, conte comigo!


Grande beijo.


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